A bancada do PT na Câmara dos Deputados está reunida nesta quarta-feira para discutir qual orientação vai adotar após as queixas do PMDB de falta de apoio dos petistas para aprovar as medidas provisórias do ajuste fiscal. Os peemedebistas estão irritados desde terça, depois que PT decidiu apoiar as MPs, mas sem fechar a questão. Isso significa que petistas que eventualmente votassem contra as medidas não seriam punidos. O Palácio do Planalto atua para tentar convencer os petistas a apoiarem integralmente as MPs do pacote fiscal.
Bancada petista se divide sobre apoio a ajuste fiscal do governo
Bancada do PT decide votar a favor das MPs do ajuste fiscal
O encontro do PT ocorre sob clima de tensão e está sendo comandado pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE). Na reunião, não tem havido conversas paralelas entre os parlamentares petistas, sinal de que o clima entre os participantes não está amistoso. Participam da reunião os deputados Arlindo Chinaglia (PT) e Marco Maia (RS), apontados por peemedebistas como os incentivadores de uma rebelião na bancada petista.
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), espera uma posição do PT ainda no início da tarde desta quarta para decidir qual o caminho o partido seguirá na votação das MPs. Os peemedebistas não querem correr o risco de ficarem sozinhos numa eventual aprovação das medidas provisórias, tidas como impopulares, e os petistas ficarem sem ter de carregar o ônus político pela aprovação das matérias.
Joaquim Levy diz que é preciso votar MPs do ajuste fiscal com rapidez
Deputados devem votar medidas de ajuste fiscal nesta tarde
A sessão da Câmara que vai analisar a Medida Provisória 665, que altera as regras do seguro-desemprego e abono salarial, já foi formalmente aberta no plenário da Casa. O PMDB espera esse posicionamento do PT e, caso isso não ocorra, defenderá a aprovação de um requerimento para retirar a MP de pauta.