Definir o novo aeroporto internacional como prioridade é só o primeiro passo dado pelo governo federal. Mesmo que transfira a tarefa de construir o terminal à iniciativa privada, como já acenou, precisará investir em infraestrutura de acesso para os passageiros chegarem até lá.
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O afastamento da Capital é um dos pontos mais criticados por quem defende como prioridade a ampliação da pista do Salgado Filho. Distante cerca de 50 quilômetros do centro de Porto Alegre, em área rural de 2,1 mil hectares em Portão, a localização do novo aeroporto é considerada estratégica geograficamente: liga a Região Metropolitana e os vales do Rio do Sinos e do Caí, além de facilitar acesso à Serra, em especial os polos de Caxias do Sul e Bento Gonçalves, que se queixam da falta de aeroportos para exportar suas produções.
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- Quem reclama da distância é egoísta. Para outras regiões, ficará muito mais perto. Hoje, só é conveniente a quem mora na zona norte da Capital - diz o consultor Nelson Riet, da Comissão Pró 20 de Setembro.
Entre os trechos de acesso, estão BR-448, BR-386, BR-116 e RS-240. Hoje, estão em boas condições - nenhuma na lista de piores estradas do Estado -, mas até a conclusão das obras precisarão passar por reformas.
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O novo aeroporto exigirá também investimento em transporte público, já que o deslocamento de táxi até a rodoviária da Capital será mais caro para quem desembarcar em Portão, e os passageiros não contarão com acesso via trem, como existe hoje.
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