Marrocos sempre foi um dos países islâmicos mais liberais do mundo. Com a ascensão de Mohammed VI ao trono, em 1999, uma onda de mudanças fez emergir um curioso sistema econômico, em que o Estado é desenvomentista, financiando projetos e, também, soberano, ao escolher quais empresas serão beneficiadas.
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Há oito anos, foram criados parques tecnológicos. A cidade de Meknes, no leste do país, recebeu investimentos para criar um parque agroindustrial chamado Agrópolis. Cinco fábricas já se instalaram no local, e outras 10 o farão nos próximos meses, incluindo uma beneficiadora de flores holandesa e uma fabricante de tratores francesa, que venceram leilões para explorar as terras por 40 anos.
- Os projetos são escolhidos por representantes de ministérios, e o preço oferecido é só um dos critérios - explica Mohammed Elguerrouj, diretor da Agência de Desenvolvimento Agrícola.
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Setores estratégicos recebem dinheiro do MedZ, fundo que gerencia recursos da previdência pública. Com 10 milhões de euros, foi criado, em 2011, um lugar para treinar mão de obra para o setor aeroespacial. A abertura fortalece valores ocidentais. Há 10 anos, as mulheres não podiam pedir divórcio. Hoje, ocupam postos de liderança.
- Antes, elas cuidavam das crianças e, às vezes, trabalhavam costurando roupas. Hoje, até ganham mais que os homens - afirma Ahmed Houssein, lojista em Rabat.