O reajuste de 12,7% do piso regional do Rio Grande do Sul, aprovado na tarde desta quinta-feira na Assembleia Legislativa, não agradou as entidades empresariais gaúchas. Em notas divulgadas após a votação, elas afirmaram que o alto percentual do aumento - bem acima dos 5,3% propostos ao governo - pode ter impacto negativo na economia do Estado.
A Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) avaliou como "preocupante" o reajuste. De acordo com o presidente da entidade, Ricardo Russowsky, o aumento pode pressionar uma alta dos preços, ocasionando elevação da inflação.
Para a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), a proposta "reduz a competitividade do setor produtivo gaúcho, tanto em relação ao mercado interno quanto externo".
"O aumento artificial do piso regional vai complicar ainda mais a nossa economia. O índice contamina negociações de todas as categorias, criando uma irrealidade que não se traduz em poder de compra para os trabalhadores, uma vez que diminui a competitividade das empresas e impulsiona a inflação", afirmou o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.
O índice de 5,3% sugerido pelas federações empresariais tem como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Os empresários também aguardam a manutenção da data prevista de 1º de fevereiro para a incidência do reajuste.