A presidente Dilma Rousseff disse, nesta terça-feira, que o governo não cogita alterar o modelo de partilha para exploração do petróleo do pré-sal. Para Dilma, existe uma incompreensão do que significa a exploração de petróleo na área de Libra e que o governo está satisfeito com a licitação, a despeito das críticas sobre o do leilão da última segunda-feira. Dilma ressaltou que o campo deve gerar, em 35 anos, uma receita de mais de R$ 1 trilhão ao Estado brasileiro.
- Eu não vejo onde esse modelo precisa de ajustes. Aqueles que são contra o conteúdo local querem transferir a riqueza do pré-sal por outra forma para o exterior. Nós vamos fazer aqui um parque naval, que já está muito avançado. Nós vamos ter indústria de fornecedores e prestadores de serviços. Todas as empresas do mundo podem vir aqui participar - disse Dilma, a respeito do percentual mínimo de equipamentos brasileiros a serem usados na operação.
A presidente também disse que não vê motivos para mudar o papel da Petróleo Pré-sal S.A. (PPSA), estatal criada para supervisionar a exploração do pré-sal, e a participação mínima da Petrobras de 30% em todos os consórcios de exploração no modelo de partilha. A presidenta elogiou o consórcio vencedor do leilão, composto pela Petrobras, a Shell (anglo-holandesa), a Total (francesa), CNPC e Cnooc (chinesas).
- É um consórcio de grandes empresas que têm a capacidade de explorar o pré-sal e ter os recursos necessários para essa exploração, não só os financeiros como os tecnológicos - Dilma ressaltou que a Petrobras e a Shell são as duas principais empresas do mundo especializadas na exploração de petróleo em águas profundas.
Entenda o que é a área de Libra: