A Petrobras assinou nesta sexta-feira contrato para a operação e afretamento de nove navios-sonda de perfuração. Três serão construídos no Estaleiro Rio Grande 2 (ERG 2), em Rio Grande. O valor dos contratos não foi divulgado, mas no mercado se estima que o custo de cada embarcação alcance US$ 700 milhões. Com isso, o valor total dos contratos para o polo naval gaúcho ultrapassaria US$ 2 bilhões.
Ao contrário de outras licitações, muito aguardadas pelos gaúchos, esses contratos supreenderam quem não acompanha no detalhe as negociações do segmento. Além do aumento das encomendas para Rio Grande, os novos contratos assinalam uma nova etapa tecnológica para o polo naval gaúcho, porque os navios-sonda são bastante sofisticados.
Os três navios-sonda que serão construídos em Rio Grande serão operados pela empresa Etesco, do Rio. Conforme a Petrobras, as nove unidades serão entregues a partir de 2016 e devem perfurar poços no pré-sal da Bacia de Santos. As sondas podem operar em profundidades de água de até três mil metros e têm capacidade para perfurar poços de até 10 mil metros de comprimento.
Com a operação, a Petrobras encerra a contratação de um pacote de 21 sondas com a empresa Sete Brasil. Os navios devem ter entre 55% e 65% de conteúdo nacional. A Petrobras, no entanto, não será dona das embarcações. Os navios-sonda serão afretados por 15 anos à Petrobras pela Sete Brasil, que por sua vez contratará a Ecovix, operadora do ERG 2, para a construção das embarcações no Estado. Os outros seis são projetos que serão executados em um estaleiro ainda em construção na Bahia.
Procurada, a Ecovix informou que, apesar de existir uma carta de intenções com a Sete Brasil, o contrato entre as duas empresa deve ser assinado apenas na próxima semana.