As grandes obras realizadas por empresas e indústrias no Rio Grande do Sul revelam uma nova face da economia gaúcha. Companhias de segmentos que até há pouco tempo não tinham o Estado em seu radar de investimentos passaram a conduzir projetos robustos em território gaúcho.
Empresas classificadas como de média ou alta intensidade tecnológica - nas quais se incluem fabricantes de softwares, equipamentos eletrônicos, automação, máquinas para a indústria, produtos químicos e automóveis - respondem por boa parte dos 28 grandes investimentos em curso ou programados até 2014, que somam R$ 14 bilhões.
- Graças aos diversos parques tecnológicos e à eficiência da mão de obra, o Rio Grande do Sul tem conseguido ingressar em novas áreas de produção - afirma Heitor Müller, presidente da Federação das Indústrias do Estado.
O polo naval atrai a Rio Grande cinco fabricantes de equipamentos para plataformas. Novas empresas devem abrir canteiro de obras na Metade Sul nos próximos meses. Os parques eólicos, vistos pela primeira vez no Estado há pouco mais de cinco anos, começam a erguer torres em três novas regiões.
- Temos uma rede metalmecânica de fornecimento muito forte, isso dá ao Rio Grande do Sul condições de atrair empresas de diferentes segmentos - diz Mauro Knijnik, secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Estado.
Alguns projetos marcarão a estreia do Estado como produtor em determinadas áreas, caso de fibras ópticas e encapsulamento de chips, aportes capitaneados pelas empresas Procable Fujikura e HT Micron. Outros alçarão o Rio Grande do Sul a posições de referência em sustentabilidade, como o projeto de R$ 1,6 bilhão da Refap em Triunfo para reduzir o teor de enxofre no óleo diesel. A Braskem também deverá escolher o Rio Grande do Sul para implantar a primeira usina de polipropileno verde do mundo.