Hyundai assina protocolo de intenções neste sábado e pode criar até 620 vagas de emprego

A fábrica de elevadores que será construída pela sul-corea- na Hyundai em São Leopoldo poderá criar até 620 postos de trabalho. Esse número será atingido caso sejam também instalados ao lado da unidade um centro de pesquisas e uma torre de testes.

Governo do Estado e Hyundai assinam às 11h deste sábado protocolo de intenções no Teatro Municipal de São Leopoldo. O número de empregos indiretos ainda é incerto: dependerá do tamanho da fábrica, que ainda não foi definido.

Na carona da indústria de elevadores, outras empresas sul-coreanas desembarcarão no Rio Grande do Sul: o Grupo Hyundai já solicitou ao governo gaúcho e à prefeitura de São Leopoldo um terreno com o dobro das dimensões do pedido anteriormente, de 100 mil metros quadrados.

- Solicitamos um terreno maior para suportar as necessidades de expansão da Hyundai, mas também pensando em parceiros que deverão se instalar na mesma área - explica Victor Park, vice-presidente de estratégias e planejamento Global do Grupo Hyundai.

Cipoal tributário assusta técnicos sul-coreanos

Nos próximos meses, empresas sul-coreanas de alta tecnologia poderão anunciar investimentos superiores aos da Hyundai em São Leopoldo. Embora não sejam fornecedoras da linha de elevadores, essas companhias chegam seguindo um modelo produtivo usual na Coreia do Sul, onde o investimento de uma grande empresa puxa outros para a mesma região.

Sexta-feira, técnicos sul-coreanos se reuniram com autoridades do governo gaúcho para conhecer as normas ambientais e tributárias do Estado. De acordo com participantes do encontro, passaram por maus momentos para entender a complexa matriz tributária brasileira. Hábeis negociadores, pediram também detalhes do Fundopem-RS e solicitaram seu enquadramento. Serão atendidos.

Ficou definido, ainda, que o Badesul será responsável por 100% do financiamento da nova fábrica, mas não entrará como sócio, como chegou a ser cogitado. O banco gaúcho de desenvolvimento repassará linhas do BNDES para compra e importação de máquinas e obras de construção.

Pela manhã, os sul-coreanos se reuniram, na Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), com fabricantes gaúchos de peças e máquinas, distribuidores de aço e construtoras, para pedir às empresas relatórios sobre sua capacidade de fornecimento. Com essas informações, a Hyundai definirá o tamanho da sua planta e poderá lançar a pedra fundamental do empreendimento.