A reincidência de febre aftosa no Paraguai fez com que a fiscalização em propriedades próximas à fronteira com a Argentina - local que apresenta maior proximidade geográfica com o Paraguai - iniciasse nesta quarta-feira. O foco são os rebanhos bovinos do noroeste do Estado.
A partir das 14h, duas equipes da Supervisão Regional de Ijuí, da Secretaria de Agricultura do Estado, iniciarão a vistoria em propriedades. Eles farão a contagem do gado e a confrontação da coleta com os números contidos na ficha do pecuarista.
- Em caso de diferença no número de animais da propriedade com o que consta na ficha, o produtor tem até 48h para explicar para onde foram os animais que estão faltando ou porque possui mais animais do que o declarado. Caso não justifiquem, a propriedade será interditada. O objetivo é evitar esse trânsito de animais não declarados - explica Emílio Stumm, supervisor de Ijuí.
Além de percorrerem as propriedades do interior de Três Passos, município que faz parte da regional de Ijuí, uma terceira equipe montará uma barreira fixa na localidade de Porto Soberbo. A vistoria servirá para evitar a entrada no Estado de quaisquer produtos de origem vegetal ou animal vindos de outros países.
A supervisão de Santa Rosa também inicia os trabalhos na tarde desta quarta-feira. A fiscalização deverá começar por Porto Mauá, na fronteira com a Argentina. Segundo o supervisor regional Pedro Rauber, o foco das três equipes, integradas por quatro veterinários e dois auxiliares, é a identificação dos 2% de animais que não foram vacinados contra a febre.
- Tivemos esse pequeno índice de animais que não foram vacinados. Queremos saber por que isso ocorreu. Mas a situação não é uma emergência, apenas um alerta. A princípio estamos tranquilos porque o gado está vacinado - explica Rauber.
A terceira supervisão regional envolvida na fiscalização é a de São Luiz Gonzaga. No entanto, os trabalhos deverão começar somente na quinta-feira.
- Estamos com apenas uma equipe volante disponível. Até amanhã deveremos viabilizar outra e iniciar imediatamente a fiscalização - afirma o supervisor da região, Marco Morales.
A fiscalização
Equipes volantes estarão vistoriando propriedades, conversando com produtores e fazendo a contagem do gado. Em casos onde o número de animais é diferente do declarado, o produtor terá 48 horas para explicar a situação. Caso não apresente uma justificativa, a propriedade será lacrada. O objetivo é evitar o trânsito indevido de animais.
Barreiras fixas serão montadas na localidade de Porto Soberbo e também em rodovias federais do Estado. O objetivo é impedir a entrada de quaisquer produtos de origem animal ou vegetal vindos de outros países.
A fiscalização conta com o apoio da Brigada Militar.
Veja localização aproximada do foco da doença no Paraguai:
Em linha do tempo, relembre a cronologia do combate à febre aftosa: