Camila Maccari, especial
Ano após ano, você coloca “organização financeira” na lista de resoluções para o Ano-Novo, e o tópico sempre acaba entre as metas que não foram atingidas? Então, vale aproveitar as últimas semanas de dezembro para repensar a relação com o dinheiro e já se organizar para entrar em 2019 com as finanças em dia. Patrícia Palermo, economista-chefe da Fecomércio e ministrante do Donna Talks Como Organizar suas Finanças, no dia 11 de dezembro, às 19h30min, no Donna Beauty Pompéia (vagas esgotadas), ensina a não deixar o assunto para depois, principalmente levando em conta os gastos extras que acompanham o fim do ano.
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– Nesse período, a dica mais simples para não se perder financeiramente é fazer uma lista de todas as pessoas a quem quer presentear e eventos a que quer participar. Elenque os valores que pretende gastar e se pergunte: cabe no meu orçamento? Se sim, aproveite seu lado Papai Noel. Mas, se a resposta for não, faça os ajustes necessários e siga o que foi planejado.
Quem conta com o 13º também pode aproveitar a renda extra para se organizar: pagar dívidas em atraso, comprar presentes e fazer uma poupança.
– Em primeiro lugar, sempre você deve optar pelo uso desse dinheiro para as contas atrasadas, que cobram juros. A compra de presentes faz parte do roteiro do final do ano, mas é bom lembrar que em janeiro temos IPTU e IPVA, que pagos antecipadamente costumam ter descontos que valem a pena.
A ideia, nessa reta final, é evitar ao máximo contas que vão comprometer o orçamento nos meses seguintes. Ao mesmo tempo, faça uma retrospectiva de sua vida financeira em 2018 e planeje o ano que vem. Patrícia explica que problemas financeiros, muitas vezes, surgem de comportamentos que não adequam gastos ao orçamento disponível.
– Por isso, se faça perguntas importantes como: “Minha renda permaneceu estável, aumentou ou caiu ao longo do ano? Como foi a minha adaptação a essa mudança?” ou “Tenho consciência de fato de quanto custa a vida que eu levo? E sei dizer em que eu gasto meu dinheiro?” e “Fiz planos financeiros para 2018? Consegui realizá-los?”. Elas servem como guias para fazer uma retrospectiva da sua relação com as finanças e poder se organizar melhor para o ano que vem.
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E não tem jeito: de acordo com a economista, mais do que resolução, quando o assunto é dinheiro é preciso estabelecer metas.
– Elas ajudam a verificar se você está no rumo daquilo que busca e se está no ritmo programado. Além disso, se você fez planos e não conseguiu realizá-los, pergunte-se: por quê? Sabendo a real razão do seu insucesso, você já tem uma parte do diagnóstico do que fazer diferente.
A seguir, confira cinco dicas de Patrícia Palermo para organizar as finanças e garantir o controle da situação financeira em 2019.
Registre o que entra e sai
A economista ensina a não confiar na própria memória – é fácil esquecer a quantidade de cafezinhos que você compra durante o dia. Registre, seja no papel, no computador ou em aplicativo, seus ganhos e gastos reais. Anotar o que entra e o que sai garante mais fidelidade à quantia disponível para despesas.
Avalie se seus gastos têm significado
Quando sabe exatamente em que gasta seu dinheiro, fica mais fácil visualizar o caminho que ele está tomando. A partir disso, observe se está gastando em coisas que fazem sentido para você. Se não, a dica é mudar hábitos que comprometem boa parte do orçamento.
Antecipe despesas previsíveis
Aniversários importantes, IPTU, férias, começo de ano letivo, por exemplo, envolvem gastos a mais –, mas não precisam pegar ninguém de surpresa. Preveja essas despesas com a maior antecedência possível. Isso permite que você se organize sem passar por apertos.
Comece o ano com planos e metas
Pense nos seus objetivos financeiros e se pergunte como fazer para atingi-los. Por exemplo, se o objetivo é terminar o ano guardando R$ 6 mil, a meta pode ser guardar R$ 500 por mês. Metas intermediárias, como ter R$ 3 mil até julho, ajudam a perceber se você está no caminho certo.
Informe-se
Busque artigos, blogs, canais de YouTube e outros meios que abordem o tema.
– Entenda minimamente os produtos financeiros que existem no mercado. Isso certamente vai te ajudar a aplicar melhor o seu dinheiro – diz Patrícia.
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