Clara Averbuck
Quando eu era jovem, bem jovem, escrevia em qualquer lugar. Era uma chama constante, uma urgência, quase que um chamado; toda vez que vinha uma ideia eu não hesitava em sentar onde quer que estivesse e sacar um dos meus caderninhos, sempre comigo, os meus caderninhos que hoje vivem guardados nas gavetas da sala. Escrevia sentada no meio fio, nos bares (muito nos bares), nas festas, na chuva, onde quer que fosse. Escrevia horrores e depois passava a limpo no meu computador velho. Assim escrevi meus primeiros livros. Era a única coisa que importava.
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