Existe uma tendência de guardar roupas e objetos ligados a boas lembranças. Podem ser até herdados, como uma colcha do século 19, protegida dentro de uma caixa com papel de seda. Abro-a, pelo menos uma vez ao ano, pensando que ela poderia ser usada também como toalha de mesa. Mas esse projeto nunca é posto em prática. E aquele vestido de festa que usei na apresentação de um programa de TV, em horário nobre, ao lado de Rui Spohr? Dei a ele para o seu precioso Museu da Moda, que seria uma dádiva cultural para Porto Alegre.
E os dois minicostureiros para mala de viagem, sem a tesourinha e as linhas, de que não tenho coragem de me desfazer? Todos fora de uso, ligados a caras recordações que enchem as gavetas e, quando se pensa em desfazer-se, parece que adquirem vida. Por falar em tesoura, consegui fazer uma coleção delas, de diferentes designs. Como há preconceito de se dar de presente facas e tesouras – podem cortar uma amizade –, achei melhor guardá-las em várias gavetas.
Fala-se muito em vintage (antigo e precioso como um bom vinho) em relação a roupas de grife e bolsinhas de festa. É preciso avaliar se vale a pena mesmo guardá-las. Se o tecido for de renda francesa – um clássico, cujo tom de azul voltou à moda –, vale a pena, sim, desmanchá-lo, mandar limpar a seco e fazer uma saia. São critérios que precisam ser avaliados na hora de fazer a separação das roupas para uso.
Dizem que, se a gente tem uma bolsa ou certo blazer que só se usou uma vez em cinco anos, não é agora que será aproveitado. Não acho que seja assim. Talvez o armário esteja mal-arrumado e o que ocorre é uma redescoberta. Se não for mais atraente para nós, quem sabe será aproveitado por quem poderá valorizá-lo?
ORGANIZAÇÃO
Novo ano, novos projetos. Arrumar armários, desfazendo-se de inutilidades. Personal organizer é o nome do profissional que organiza closet, guarda-roupas e outros ambientes da casa. Tudo começa com o guarda-roupa e vai até a cozinha e os banheiros. É importante que haja um primeiro encontro para combinar o que é mantido, pois a maioria dos clientes trabalha fora. Facilita muito dispor as peças pelas cores, e o que fica pendurado em cabide com uma bijuteria ou um lenço que combine com o traje. Após o uso, mantém-se a posição das peças. Contatos: Josette Prunes (zetteprunes@gmail.com e 51 8445-0724), Léa Knorr (leaknorr@hotmail.com e 51 9207-9287) e Tetê Castilhos (tetecastilhos@hotmail.com e 51 9959-6515)
ABERTURA DE PRESENTES
Em geral, há crianças pequenas em uma comemoração de Natal e, para maior conforto, convém entregar os seus presentes antes da ceia dos adultos, para não ficarem impacientes com a espera. O ideal é deixá-las com seus pacotes em um canto da sala ou em um quarto e servi-las em seguida.
Quanto aos demais convidados, primeiro servem-se da ceia, fazendo seu próprio cardápio, e depois haverá a troca de presentes. O amigo-secreto está sendo introduzido na ceia familiar, o que anima bastante a noitada.
PREVENIR É PRECISO
Os organizadores da festa familiar costumam se prevenir com um presentinho unissex para o caso de alguém levar um amigo, o que é da boa educação ser avisado antes. Outro detalhe importante: providenciar sacolas grandes para cada um reunir seus pacotes e pacotinhos em ordem, sem deixar os papéis dos embrulhos amassados pelo chão da residência. São pequenos lembretes que ajudam a tornar um Natal mais feliz.