Dometila Café lança linha de mantas própria
Em muitas mansões antigas da rua Duque de Caxias, construídas no tempo em que ela se chamava Rua da Igreja – séculos 17 e 18 –, havia uma porta diante de uma escada de poucos degraus que dava para um patamar com três portas: uma central e duas outras laterais, que se abriam para três peças da casa. Por uma delas se entrava numa sala de visitas; a central dava no hall, e a da direita num gabinete que, na verdade, era uma sala íntima.
Pelo convívio familiar frequente na minha infância em uma dessas mansões, me interessei mais tarde por maneiras corretas em relação ao vaivém pelas portas. Quem tem a prioridade? É de quem está saindo em relação àquele que entra.
Aprendi na vida profissional que, mesmo a secretária convidando para se entrar no escritório do diretor, a gente dá duas batidas leves na porta fechada. Numa residência, se há alguém no quarto ou em seu escritório, bate-se na porta em respeito à privacidade.
Quando estamos num consultório, se o profissional, à saída, nos acompanhar até a porta, aguarda-se para ele abri-la. A mesma coisa se faz socialmente quando um anfitrião nos acompanha. Nas empresas com elevador, observa-se em companheiros de setores de atividade diferentes a preocupação de segurar a porta do elevador e dar passagem para quem sai e quem entra – independente se for homem ou mulher. É uma questão de segurança: a porta pode fechar, de repente, machucando as pessoas. Pelo mesmo motivo, empurra-se vagarosamente a divisória para quem vai atrás não ter de acelerar o passo e poder entrar.
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Na próxima quarta-feira, às 19h, no Dometila Café da Praça Júlio de Castilhos, será apresentado um desfile de mantas usadas como estolas, feitas na técnica de “feltragem” (foto), milenar artesanato asiático desenvolvido pela artista plástica Myriam Dutra e Clayton Franzer. O atrito manual do fio de pura lã na seda molhada resulta em feltro e diferentes texturas, de acordo com o design proposto. Não são utilizados tear, agulha e cola nas combinações cromáticas – em que aparecem elementos vazados, com perfeito acabamento. O colorido viçoso é feito com tintura artesanal.
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APRESENTAÇÃO DA NETINHA
“Minha neta de dois anos, que mora em San Diego (EUA), virá me visitar pela primeira vez e desejo apresentá-la aos avós, tios e amigos mais chegados. Qual seria o melhor horário para recebê-los e como fazê-lo?” ELENA
– O horário melhor é o que a menininha esteja bem disposta. Quem sabe um happy hour, lá pelas 17h30min, sábado ou domingo à tarde? Ofereça salgados e docinhos com vinho branco e refrigerante para um encontro mais rápido, que não canse nem a você, nem à menina.
MELHOR USO DA GRAVATA
“Tenho observado alguns apresentadores e âncoras de telejornais aparecerem com certo desleixo em relação à gravata, entrando no estilo casual de gravatas afrouxadas no colarinho da camisa solta. Nesse caso, penso que seria melhor eles estarem sem gravata, com uma camisa de colarinho aberto, mas de qualidade.” JORGE
Os apresentadores têm seu estilo, de acordo com o tipo de programa. Quer estejam de camisa-esporte ou com gravata, precisam estar bem-vestidos até por uma questão de credibilidade naquilo que informam. As emissoras têm estilo. A Globo e a Globo News são bem mais formais do que o GNT, onde um quarteto masculino liderado por Marcelo Tas se apresenta informalmente, sem gravata.