Foi há 10 anos, em função da gastronomia tailandesa, que o chef Bryan Parsley, em uma de suas visitas a Tailândia, começou a mergulhar no Oceano Índico. Apaixonado também pela fotografia, ele começou a registrar o fundo do mar e os seres marinhos diante dos mergulhadores que praticam a filosofia da sustentabilidade.
Qual é a sensação de um mergulhador passeando em meio àquela natureza surpreendente? Bryan tem resposta imediata:
? É como voar num ambiente em que a gravidade é zero.
Não é preciso ser um exímio nadador para mergulhar, mas seguir princípios de autodefesa e proteção à flora e aos animais. Assim como nos educamos para o convívio urbano, existem regras a serem seguidas no mundo subaquático.
É preciso conhecer para amar um ser. O mesmo vale diante de uma arraia manta, ainda que não seja agressiva. A medida de abertura das suas duas asas é de quatro metros. Convém observar se ela - as duas guias ao lado da boca - estão em ponta, pois é sinal de que está comendo. Se for molestada, faz movimentos bruscos. A arraia manta é curiosa e adora circular em volta das bolhas provocadas pelo mergulhador. Já o tubarão é arisco e foge do mergulhador, porém se ele faz movimentos rápidos em ângulos e nada em direção ao mergulhador, este deve sair de perto.
Há uma etiqueta a seguir no fundo do mar.
1. Mergulhar sempre em dupla, respeitando e cuidando do seu par.
2. Obedecer ao padrão do equipamento e sua conservação, lavando e secando-o após o uso.
3. Não recolher nada do fundo do mar, inclusive conchas.
4. Evitar perturbar com toques e andar atrás de animais marinhos.
Nos dias 10,11 e 15 de dezembro, Bryan vai ministrar um curso de fotografia para mergulhadores na prática do esporte, no Planeta Mergulho. (bryan@planetamergulho.com.br).
Celia Ribeiro: convívio no fundo do mar
Celia Ribeiro
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