Parte da vida dos gaúchos há quase três décadas, o Planeta Atlântida consolida sua relevância para além da música. Em encontro com autoridades, representantes de órgãos públicos e parceiros comerciais na manhã desta quinta-feira (10), foram apresentados os impactos positivos do festival na economia gaúcha e ações para ampliar seu compromisso com a sustentabilidade. O evento é uma realização de Grupo RBS e DC Set Group e já está confirmado para 2025, quando realizará sua 28ª edição.
Entre os dados apresentados, fruto de um levantamento realizado pela PUCRS Consulting, destaca-se a capacidade do festival de contribuir para a geração de emprego e renda. O estudo demonstrou que somente a edição de 2024 movimentou mais de R$ 130 milhões na economia do Rio Grande do Sul. sendo que, para cada R$ 1 investido pela realização do evento, R$ 0,94 adicional foi gerado.
No que diz respeito à empregabilidade, os números estampam as potencialidades econômicas do festival. Para cada 10 pessoas diretamente empregadas pelo Planeta Atlântida deste ano, outras oito foram indiretamente contratadas no período do evento. Ao todo, mais de 4 mil pessoas se envolvem para que o festival ocorra a cada ano.
— Buscamos quantificar as nossas ações e os nossos resultados como uma prestação de contas para a comunidade do Rio Grande do Sul, pois sabemos da responsabilidade que temos quando colocamos em pé um evento do tamanho do Planeta Atlântida — afirma Caroline Torma, diretora-executiva de Marketing do Grupo RBS e head do festival.
— É satisfatório ver que os dados demonstram de forma muito clara que nós estamos cumprindo o nosso papel e entregando benefícios para a sociedade. A sensação é de orgulho e dever cumprido — completa.
Realizado desde 1996 na sede campestre da Saba, em Xangri-Lá, no Litoral Norte, o festival também impacta profundamente a economia e o turismo da cidade, conforme destaca o prefeito Celso Bassani:
— Somos muito felizes por ter um evento do tamanho do Planeta Atlântida há tanto tempo no nosso território. O festival faz o verão acontecer, leva turistas, promove emprego e renda e projeta o nome do nosso município ao resto do país. São impactos que podem ser percebidos por qualquer um que anda por Xangri-Lá no período do Planeta Atlântida.
O público, de fato, percebe. O levantamento da PUCRS Consulting demonstrou que 89% dos entrevistados reconhecem o Planeta Atlântida como parte da cultura do Rio Grande do Sul, e nove em cada 10 acreditam que o evento gera um alto impacto positivo, tanto para o Litoral quanto para o Estado.
Sustentabilidade
As chamadas práticas de ESG, que buscam minimizar os impactos de grandes negócios no meio ambiente, também estão incorporadas às diretrizes do Planeta Atlântida. Com estratégias voltadas à sustentabilidade, o festival já contribui para que se alcançassem 13 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU.
Entre as práticas já consolidadas, destaca-se a doação de parte do valor da venda de ingressos solidários para instituições com foco em famílias e crianças em situação de vulnerabilidade social. Essa ação está alinhada ao ODS de Erradicação da Pobreza. Desde 2019, foram doados mais de R$ 600 mil para projetos selecionados pela Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, que atuam especialmente com jovens e a partir da música, além de comunidades em situação de vulnerabilidade social.
O evento também tem atuação em outros pilares do desenvolvimento sustentável e, para 2025, ampliará ainda mais seu comprometimento com o tema: o objetivo é ter ações voltadas para todos os 17 ODS, conforme a head Caroline Torma.
Entre as novidades apresentadas está o aprimoramento da gestão integrada dos resíduos gerados durante o festival, buscando estratégias de reuso de materiais e o acompanhamento de toda a cadeia dos recursos utilizados. Também serão ampliadas as estratégias de inclusão e acessibilidade, com atuação de intérprete de libras para os shows do Palco Planeta. O festival buscará, ainda, fomentar o debate sobre a sustentabilidade, que terá protagonismo nas estratégias de comunicação da edição.
Pra Cima, Rio Grande
O momento de reconstrução vivido pelo Rio Grande do Sul após a enchente histórica também não ficará de fora. Em 2025, o festival, amplamente reconhecido por sua identidade gaúcha, estará ainda mais conectado ao Estado, conforme conceito da campanha de comunicação que será anunciado neste mês.
O comprometimento do Planeta foi elogiado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, desembargador Alberto Delgado Neto, que ressaltou a importância das ações conjuntas:
— Neste período em que o Estado está em franca recuperação, a gente observa que a velocidade do enfrentamento da crise está diretamente ligada à integração das instituições. Temos que, juntos e com o maior ímpeto possível, convergir todas as forças em prol da recuperação do Rio Grande do Sul. O Planeta Atlântida, naturalmente, pode ser um potente canhão para o estímulo dessa reconstrução. É uma iniciativa que merece todos os louvores.
O procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Alexandre Saltz, também destacou a atuação do Planeta, que tem o Ministério Público como parceiro de longa data:
— O evento leva a imagem do Rio Grande do Sul para o Brasil e o mundo. Só isso já traduziria a importância dele, mas, como os dados demonstram, o impacto é ainda mais relevante. As ações que acompanham o festival têm um potencial transformador enorme, sobretudo neste momento de reconstrução. Agora, o que precisamos é direcionar a energia do Planeta Atlântida e dos planetários em torno de algumas causas.
Na edição de 2024, cerca de 80 mil pessoas compareceram ao festival. Incluindo-se as transmissões em rádio, digital e televisão, com direito a um programa de melhores momentos na TV Globo, o número de pessoas impactadas pelo Planeta Atlântida chega a 15 milhões.
Em 2025, o objetivo é ampliar ainda mais a robustez do festival, com novidades que devem incrementar os impactos positivos, mas também as experiências do público. O anúncio da data e outros detalhes deve ocorrer em breve, mas, conforme a head Caroline Torma, está garantida mais uma edição memorável do Planeta Atlântida.
— Posso adiantar que o line-up terá artistas que são pedidos pelo nosso público e também uma pitada de Rio Grande do Sul. Teremos novas estruturas na Saba, incluindo uma área totalmente inédita na arena, espaço que queremos valorizar cada vez mais. Enfim, serão muitas novidades, mas com o mesmo objetivo de sempre: entregar ao nosso público a melhor festa do verão.