Um juiz de Los Angeles decidiu nesta segunda-feira (20) que o rapper americano ASAP Rocky vai a julgamento por ter atirado em um amigo, com quem fundou o coletivo de hip-hop do qual tirou seu apelido.
O cantor de 35 anos, cujo nome verdadeiro é Rakim Mayers, se declarou inocente neste caso. ASAP Rocky tem dois filhos com Rihanna.
Terell Ephron, um dos fundadores do coletivo ASAP, acusa o rapper de ter atirado várias vezes contra ele com uma arma de fogo semiautomática durante uma discussão nas ruas de Hollywood, e no qual ficou levemente ferido em uma das mãos.
Em uma audiência preliminar na semana passada, Ephron, apelidado de ASAP Relli, explicou que sua amizade com Rocky acabou, pois considerava que o rapper se sentia "superior".
Ele o critica por ter se esquecido dos outros membros fundadores do coletivo musical, criado em Nova York, em 2008, quando estavam no ensino médio, e que lhe abriu as portas para a fama.
Segundo Ephron, o astro falou com eles de negócios sem nunca ter cumprido sua palavra, o que alimentou as tensões entre os dois até que a briga terminou em tiros em frente a um hotel em Hollywood.
A defesa de ASAP Rocky refutou as acusações e assegurou que Ephron também entrou com uma ação civil para tentar obter dinheiro.
Depois de seus dois álbuns, Long. Live. A$AP e At. Long. Last. A$AP, que o catapultaram para o estrelato, no começo da década de 2010, o rapper produziu pouco nos últimos anos. Ele esteve no centro de uma polêmica que provocou tensões diplomáticas entre a Suécia e os Estados Unidos, após uma briga em 2019 em Estocolmo.
A justiça sueca lhe impôs uma pena de prisão com direito a sursis e o ex-presidente americano Donald Trump o defendeu durante sua prisão preventiva, ao acusar Estocolmo de ignorar a sorte dos afro-americanos.