Eles já foram indicados como um potente sonífero e, a cada lançamento, críticos esquadrinham suas letras apontando os clichês sentimentais, mas o mundo simplesmente ama Coldplay (ou "a banda do Chris Martin"). São mais de 80 milhões de álbuns vendidos. No Spotify, suas músicas já foram executadas mais de 5 bilhões de vezes – o recorde histórico para uma banda. Foi também o grupo que mais lucrou no ano passado, embolsando 88 milhões de dólares. O quarteto britânico caiu na estrada em março de 2016 com a turnê A Head Full of Dreams, que passou pelo Brasil e retornará em novembro para dois shows, apenas em São Paulo e Porto Alegre, antes do encerramento em Buenos Aires.
Chris Martin, Jonny Buckland, Guy Berryman e Will Champion fazem sua primeira apresentação na capital gaúcha em 11 de novembro, na Arena do Grêmio. E sua popularidade por aqui já pode ser conferida nesta sexta-feira (14/7), quando começa a pré-venda de ingressos para clientes do Banco do Brasil. A venda geral se inicia em 17 de julho.
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Também está programado para esta sexta (14) o lançamento do EP Kaleidoscope, com cinco músicas que são uma espécie de continuação do álbum A Head Full of Dreams (2015). O EP chega às plataformas de streaming sexta e será lançado em CD e vinil em 4 de agosto. Entre as canções que já haviam sido divulgadas, estão Aliens – com letras coescritas por Brian Eno que falam sobre a crise dos refugiados e com lucros destinados à ONG Migrant Offshore Aid Station – e Something Just Like This (Tokyo Remix), bem-sucedida colaboração com o duo The Chainsmokers, além de Miracles (Someone Special), Hypnotised e All I Can Think About Is You. As músicas têm frequentado os setlists da banda e devem ser tocadas em Porto Alegre.
Os shows da turnê A Head Full of Dreams passaram por América Latina, Europa, Ásia, Austrália e América do Norte vendendo 4,6 milhões de ingressos. São espetáculos de pirotecnia, com direito a lasers, telões imensos, confetes e balões. Essa grande festa pouco lembra o Coldplay que estreava em 2000 com o disco Parachutes – quando o quarteto era comparado, veja só, ao Radiohead. Hoje, as comparações mais frequentes são ao U2 – seja pelas melodias amigáveis, pelos shows de estádio ou pelo engajamento social de Martin.
Todo esse tempo desde as melancólicas Yellow e Trouble, o sucesso tem sido um amigo fiel do grupo. Com A Rush of Blood to the Head (2002), vieram dois prêmios Grammy (a banda tem sete ao todo) e mais hits: In My Place, The Scientist e Clocks com seu animadíssimo piano. O terceiro disco, X & Y (2005), subiu ao topo das paradas em vários países, na carona de Speed of Sound e Fix You. A façanha foi repetida em 2008, com Viva La Vida Or Death And All His Friends, com o single Viva La Vida (Grammy de canção do ano, mas manchada pela acusação de plágio feita pelo guitarrista Joe Satriani). Mylo Xyloto (2011) lançou a utópica Paradise, até hoje onipresente nas rádios. Pelo caminho, os tabloides acompanharam com atenção a vida de Martin, que se casou em 2003 com Gwyneth Paltrow. A separação impactou Ghosts (2014), produzido durante a ressaca do término. Em A Head Full of Dreams, vemos um Martin recuperado e nos avisando que "tudo que você quiser está a um sonho de distância". Todos esses sucessos devem ser tocados no show, que passeia pelos sete discos lançados em 20 anos de carreira e de hits. Sejamos honestos, você deve saber a letra de todos eles.