GAROTA, INTERROMPIDA
(Girl, Interrupted) – De James Mangold. Com Wynona Ryder e Angelina Jolie. La Jolie ganhou o Oscar de atriz coadjuvante por este filme que parecia na medida para Wynona Ryder brilhar, mas que, no fim, sofre por alguns excessos que o então inexperiente Mangold (depois ele faria Johnny & June) não soube driblar. Baseada na história real (que virou best-seller) de Susanna Kaysen, a trama acompanha a passagem de uma garota com tendências suicidas (Wynona) por uma clínica psiquiátrica, onde encontra, entre outras pacientes, a enérgica e charmosa sociopata interpretada por Angelina Jolie. A vírgula do título pretende reproduzir por escrito a pausa de uma fala do filme que descreve o que acontece com a protagonista. Drama, Alemanha/EUA, 1999, 127min. Max, 17h
SNIPER AMERICANO
(American Sniper) – De Clint Eastwood. Com Bradley Cooper. Filmaço sobre a crise do herói norte-americano, representado por um atirador de elite condecorado pelas mortes que causou na Guerra do Iraque – o que levou muita gente a compreender de maneira torta os propósitos de Eastwood. Trata-se, isso sim, de um longa humanista que vê o culto à sua figura de maneira crítica. Veja com a cabeça fria, desarmado. Drama de guerra, EUA, 2014, 132min. Max Prime, 18h05min
SPARTACUS
De Stanley Kubrick. Com Kirk Douglas e Laurence Olivier. Uma revolta de escravos à época do Império Romano, um dos grandes épicos históricos do cinema. Diz a lenda que Kubrick pegou o projeto já iniciado, substituindo Anthony Mann – fora chamado para repetir a parceria com Kirk Douglas levada a cabo na obra-prima Glória Feita de Sangue (1957). E que, devido às dificuldades de cortar o moralismo excessivo da trama, jamais admitiria assumir a direção de outro filme sem ter o controle absoluto de tudo o que o envolvesse. Spartacus teve roteiro de Dalton Trumbo, adaptado da obra original de Howard Fast. Drama, EUA, 1960, 184min. Telecine Cult, 18h40min
TV aberta:
O PALHAÇO – De e com Selton Mello. Com Paulo José, Thogun, Ferrugem e Maira Chasseroux. Eu faço as pessoas rirem, mas quem me faz rir? – é a pergunta do protagonista deste bonito filme no qual Selton Mello transfere para um palhaço de circo sua crise pessoal com relação à condição do artista. O ator e diretor emula de Fellini a Os Trapalhões e ainda presta belas homenagens, entre outras figuras, ao cantor e compositor Moacyr Franco. Drama cômico, Brasil, 2011, 88min. RBS TV, 2h25min
Streaming:
O SILÊNCIO DO CÉU – De Marco Dutra. Com Leonardo Sbaraglia, Chino Darín e Carolina Dieckmann. Se você não viu nos cinemas (trata-se de um entre os muitos bons filmes nacionais praticamente ignorados pelo grande público), aproveite que este terceiro longa de Dutra, o mesmo de Trabalhar Cansa (2011) e Quando Eu Era Vivo (2014), vale a pena. Rodado no Uruguai, conta a história de uma brasileira que é estuprada em casa, mas prefere não revelar o ocorrido para o namorado. Com distanciamento e habilidade para criar climas que revelam o que há por trás das aparências, Dutra acompanha o deterioramento de suas relações a partir de escolhas como essa. Drama, Brasil, 2016, 102min. Disponível na Netflix