Iniciado na tarde de domingo, um incêndio que começou nas proximidades da Lagoa da Fortaleza, em Cidreira, voltou a crescer na manhã desta quarta-feira. Para tentar controlar o fogo, que já destruiu 1,2 mil hectares de área florestal (o equivalente a 3 mil campos de futebol), os bombeiros receberam reforços: uma carreta com 42 mil litros de água e o helicóptero da Operação Golfinho foram deslocados para ajudar nos trabalhos.
– O nosso problema não é tanto a falta de água, mas o fogo, que queima em superfície e profundidade. Ontem tínhamos considerado ele controlado, aí hoje veio o vento e a coisa mudou. O vento é nosso maior inimigo – disse o capitão Jocemarlon Acunha, comandante da 2ª Companhia do Litoral do Corpo de Bombeiros.
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Conforme o comandante, não é possível prever quando a situação será controlada. No fim da manhã desta quarta-feira, o reforço aéreo chegou ao local. O helicóptero deve carregar cerca de 700 litros de água que serão despejados onde ainda há fogo.
Cerca de 120 brigadistas da empresa Habitasul Florestal, proprietária da área mais atingida, trabalham no combate, além de 10 bombeiros. À tarde, uma nova carreta, com 10 mil litros de água, deve chegar ao local para reforçar a ação.
O retorno do fogo pode ser percebido de praias vizinhas no começo da manhã. Por volta das 6h, uma nuvem de fumaça chegou a Tramandaí. Nas areias de Capão da Canoa, resíduos escuros semelhantes à fuligem intrigaram veranistas. O Corpo de Bombeiros não soube informar se a substância tem relação com incêndio de Cidreira.