Engajados na luta contra o Aedes aegypti, os pouco mais de três mil habitantes de Ernestina, no norte do Estado, passaram a viver um sentimento de indignação coletiva ao descobrir que um vizinho acumulava cerca de 100 mil pneus a céu aberto em um depósito irregular. A quantidade é tão grande que, dividida entre a população, é como se cada morador mantivesse em casa cerca de 34 pneus com água parada. Famílias de quatro pessoas, por exemplo, teriam de acumular 136.
Nas ruas, os moradores dizem que se esforçam na eliminação de criadouros e esperavam, no mínimo, atitude semelhante do acumulador de pneus. Mas a indignação supera a decepção. O principal questionamento da comunidade é como ele conseguiu juntar tanto material sem uma intervenção imediata das autoridades.
Mais de cem mil
Depósito irregular de pneus em Ernestina sobreviveu oito anos sem que problema fosse resolvido
Moradores questionam como o lugar se formou sob os olhos das autoridades
Fernanda da Costa
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