O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou nesta quarta-feira que policiais militares vão intensificar o trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti nos horários em que estiverem de folga.
Eles vão atuar para reforçar uma força-tarefa que reúne a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado, Defesa Civil e Exército. Além da medida, foi criada a Sala de Comando e Controle Estadual das Arboviroses, que vai monitorar o mosquito e a evolução das doenças transmitidas por ele (dengue, chicungunya, zika vírus e febre amarela).
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A sala de comando funcionará no Centro Integrado de Comando e Controle Regional, no bairro da Luz, na capital paulista.
– Autorizamos hoje mais mil policiais militares, através da Degem (Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar). Nenhum policial vai sair da sua tarefa de policiamento em segurança pública. Ele (policial) terá uma jornada extra, que o governo vai pagar para trabalhar no combate aos criadouros para matar o mosquito – disse Alckmin.
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Os mutirões serão iniciados em janeiro, em 20 municípios considerados prioritários, segundo critérios de infestação e transmissibilidade: Campinas, Araçatuba, Ibitinga, Bauru, Tupã, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, São Vicente, Guarujá, São Sebastião, Ourinhos, Andradina, Birigui, Fernandópolis, Sertãozinho, São José dos Campos e Guaíra, além da Capital.
– O combate final é eliminar o mosquito, 85% dos criadouros estão nas residências, então são fundamentais as igrejas, as escolas, a sociedade civil organizada ajudarem nesse trabalho, cada um fazendo a sua parte – afirmou o governador.
O Estado de São Paulo está entrando na terceira fase de testes para produzir a primeira vacina brasileira contra a dengue. No início do mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) autorizaram o pedido do governo estadual para o início da terceira fase de testes. Essa etapa contará com a ajuda de 18 mil voluntários em 12 estados brasileiros.
O Estado teve mais de 700 mil casos de dengue neste ano. A criação da sala para o enfrentamento da proliferação da doença foi defendido na semana passada pelo Conselho de Secretários Municipais, que se reuniram na capital paulista, como medida para contribuir com a uniformização da divulgação de dados sobre as doenças e discutir as dificuldades orçamentárias dos municípios para as ações de combate.