Na maioria das vezes, as hepatopatias, conhecidas como doenças de fígado, chegam de mansinho: são silenciosas e, justamente por isso, perigosas. Uma delas é a hepatite C (transmitido através do sangue contaminado), que atinge 1,2% da população brasileira (e 3% da população mundial). Diferentemente das hepatites A e B, grande parte das pessoas que têm a hepatite C desenvolvem a doença de forma lenta. A maioria delas (90%) nem desconfia que sofre do problema, o que acaba agravando o tratamento.
Os sintomas? Letargia, dores nos músculos e nas articulações, enjoo e cansaço. O diagnóstico da doença, geralmente, é realizado através de exames para doação de sangue, check-up ou já em fase avançada de cirrose.
Além da hepatite C, de forma geral, existem outras degenerativas do fígado, como as esteatoses e esteato-hepatites, que podem ou não estar associadas ao alcoolismo. Se as doenças do fígado não forem tratadas e identificadas a tempo, o quadro clínico do paciente se agravar e evolui para quadros mais graves e incuráveis.
- Muitas doenças do fígado têm aumentado sua incidência na última década. A doença hepática alcoólica e a hepatite B têm estabilizado o número de casos embora ainda muito altos. É particularmente preocupante a doença gordurosa do fígado, comumente associada a obesidade, ao diabetes mellitus e a hiperlipidemia. Cerca de 3 a 5% da população apresenta uma forma particular do acúmulo de gordura com inflamação do fígado, que pode evoluir para cirrose hepática em cerca de 10% dos pacientes com 13 a 15 anos de acompanhamento - explica o médico e professor Henrique Sérgio Moraes Coelho.
Ainda segundo o especialista, pesquisas indicam que tratamentos naturais, à base de fitoterápicos, podem ser eficazes na prevenção de doenças hepáticas. Estudos recentes demonstram bons resultados na hepatite C, reduzindo a replicação viral. Há ainda outros estudos que indicam o sucesso dos medicamentos fitoterápicos em casos de doenças hepáticas gordurosas não alcoólicas, e ainda, hepatite alcoólica e cirrose.
Notícia
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