Morreu em São Paulo, neste sábado, o ator e diretor Oswaldo Loureiro Filho, que tinha 85 anos e sofria de Alzheimer.
Segundo informações do jornal O Globo, não foram informados o local e a hora do seu velório e de seu enterro.
Oswaldo atuou em mais de 140 peças e mais de 20 novelas da TV Globo. Entre os maiores sucessos estãoSangue e Areia (1968) e Véu de Noiva (1969), de Janete Clair, Roque Santeiro (1985), de Dias Gomes, e Que Rei sou Eu? (1989), de Cassiano Gabus Mendes, entre outras, conforme O Globo.
Nascido no Rio e filho de uma cantora lírica e de um jornalista e ator, Oswaldo começou a carreira artística aos 12 anos, quando atuou em filmes como O Brasileiro João de Souza, É Proibido Sonhar e Romance Proibido, todos realizados em 1944.
Nos anos 1950, segundo reportagem de O Globo, estreou a peça Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues. Em entrevista para o Jornal Hoje, em 1979, ele se disse muito orgulhoso por ter começado no teatro profissional em uma peça de Nelson Rodrigues:
_ Vestido de Noiva era um clássico da dramaturgia brasileira, que o Nelson Rodrigues conseguiu fazer possivelmente a peça mais importante do nosso teatro, o que para mim foi uma sorte muito grande.
Conforme O Globo, foi em 1964 que ele estreou na TV em O Direito de Nascer, da TV Tupi. Em 1968, Oswaldo integrou uma das primeiras turmas de atores da TV Globo. Começou interpretando o ranzinza Antônio, em Sangue e Areia, de Janette Clair, trabalho seguido pelo mecânico Chico, em Véu de Noiva, da mesma autora.
Nos anos 1980, Oswaldo engajou-se na luta sindical pelo reconhecimento da profissão de ator e em defesa da liberdade de expressão, chegando a presidir o Sindicato dos Artistas. Durante os momentos finais da ditadura, em 1983, defendeu a manutenção em cartaz da peça Vargas, afirmando publicamente que a situação era um boicote político.