O aplicativo de celular que emite notificações quando há alertas de ataques em Israel soou quando eu estava chegando à Praça dos Reféns, em Tel Aviv, para acompanhar as cerimônias de homenagens às vítimas do massacre de 7 de outubro. Ainda não havia disparado desde que cheguei à cidade, na quarta-feira (1º): isso indicava que a ameaça estava por perto.
A confirmação veio um pouco depois. Uma fonte das Forças Armadas de Defesa me alertou que os estilhaços de um foguete abatido pelo sistema de defesa aérea haviam caído em uma área residencial. Desviei a rota e segui para Holon, cidade de 190 mil habitantes a cerca de 20 minutos de carro de Tel Aviv. É praticamente ao lado. Tanto que do local onde caíram os destroços do artefato era possível avistar os aviões em procedimento de decolagem do Aeroporto Internacional Ben Gurion — o que causava mais preocupação, diante da informação sobre o foguete abatido.
O Iron Dome destruiu o artefato, lançado da Faixa de Gaza pelo Hamas, mas os estilhaços ferem ou matam. Essas peças caíram em um parque de dunas de Holon, mas os destroços chegaram a deixar marcas no quarto e sexto andar de um edifício ali ao lado. Apesar do susto, não houve feridos.
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