O Antonio Prata escreveu sobre seu sentimento ao ouvir, dentro de um avião, a aeromoça perguntar se havia um médico entre os passageiros. No fim, a emergência não era tanta, era só alguém passando mal, prontamente atendido e recuperado. Mas o Antonio ficou pensando: quando, numa situação parecida, ele ouviria uma aeromoça dizer "Atenção, senhores passageiros, caso haja um escritor a bordo, favor se apresentar a um dos nossos comissários"? Ele se apresentaria, resolveria o problema de uma hipotética senhora gorducha ansiosa com as sacudidas do avião, talvez contasse uma história ou duas para acalmá-la, e voltaria para seu assento, sob os olhares de admiração de todos. Como um médico.
Opinião
Um cronista! Um cronista!
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Luis Fernando Verissimo