Será um fim melancólico de temporada. O Inter fecha contra o Bragantino um 2021 que fica como lição. A vaga na Libertadores ainda é possível, pela matemática, mas vamos combinar que nem os próprios colorados acreditam.
A temporada que era para ser de transição acabou sendo de estagnação. O Inter começou com uma ideia arrojada, de apostar em um novo modelo de jogo e novas ideias e fecha no modo antigo de jogar, reativo e, pior, apagado por um esfarelamento do seu vestiário. É como se um ano inteiro tivesse passado com o clube sem sair do lugar nos aspectos de campo. Por tudo isso, o jogo desta noite, em Bragança Paulista, é só a protocolar virada de página para a temporada seguinte. Só que, desta vez, ela precisa abrir um capítulo novo.
Os colorados estarão vendo contra o Bragantino o adeus de alguns jogadores. Marcelo Lomba e Saravia, é certo, fazem o último jogo pelo Inter. Rodrigo Dourado, ao que tudo indica, também deverá se despedir. Se não nesta noite, logo ali adiante. Patrick também é outro cuja permanência não deverá se confirmar. Esses últimos dois virarão pontos de partida da reformulação que o clube pretende fazer e que passou da hora de ser feita.
Há outros nomes que talvez se despeçam. Boschilia, por exemplo. Ou até mesmo jovens que precisam de rodagem, como Caio Vidal. O Inter levou um chacoalhão na reta final do Brasileirão e acordou para a necessidade de sair do lugar, de pensar fora da caixa e quebrar a rotina. Se não fizer isso, se não ousar, seguirá nesta mesma toada e correrá o risco de cair na mesma monotonia em 2022. O que é um risco para quem tem esse tamanho e uma torcida com pretensões gigantes.