O último Grêmio antes do Gre-Nal fez, certamente, um dos melhores jogos deste Gauchão. O empate em 2 a 2 com o São Luiz traduz bem uma partida com alternâncias e muita intensidade. O São Luiz é um dos bons times deste campeonato, com uma ideia de jogo muito clara, de muita marcação e saídas rápidas.
O que dificultou muito a noite do time reserva do Grêmio. Que padeceu também por uma formação que, em dois terços da partida, usou um meio-campo com três jogadores de características diferentes, mas nenhum com aptidão para armação. Lucas Silva, Darlan e Victor Bobsin transpiraram muito, marcaram, ocuparam os espaços e tentaram ir à frente. Só que aí faltava a eles o refino que um meia mais criativo tem.
O 4-1-4-1 armado por Alexandre Mendes tinha a pretensão de deixar o time robusto no meio e explorar a velocidade de Léo Pereira, pela direita, e Everton Cardoso pela esquerda. Na frente, Elias deveria ser a referência, algo que ele não é. Léo Pereira foi o único a entregar o que se esperava. Everton é um espectro do jogador de lado que o Grêmio imaginava. Falta-lhe potência para preencher o lado do campo.
O gol do Grêmio veio na velocidade de Léo Pereira, uma das boas notícias da noite. Só que depois dos 15 minutos de fogosidade, o time foi arrefecendo. O São Luiz tomou conta do jogo e expôs falhas coletivas e individuais do adversário. Cortez teve problemas para conter, principalmente, o vigoroso lateral-direito Lucas Carvalho. O gol de empate, um chutaço de Xuxa, iniciou-se por ali.
O São Luiz já deveria ter acabado o primeiro tempo em vantagem. Ela veio em outra falha defensiva, com Paulinho arrematando livre na área, com o pé, um escanteio. Victor Ferraz era quem deveria vigiá-lo. Mendes mudou e ajeitou o time. Colocou Léo Chú no lugar de Everton e Pedro Lucas no de Bobsin. O Grêmio melhorou com cada um em seu lugar. Avançou e chegou ao empate. A partir daí, foi a vez de Brenno aparecer e garantir o 2 a 2. Se houve algo a ser afirmado para o Gre-Nal, pode-se dizer que foi o goleiro. Com boas defesas e segurança, ele chega ao seu segundo Gre-Nal mais titular do que nunca.