Gisele Loeblein

Gisele Loeblein

Jornalista formada pela UFRGS, trabalha há 25 anos no Grupo RBS e, desde 2013, assina a coluna Campo e Lavoura, em Zero Hora. Faz também comentários diários na Rádio Gaúcha e na RBS TV.

Pesquisa a campo
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Para que serve um infiltrômetro? Tecnologia vai auxiliar RS em cheias e estiagens

Dados obtidos a partir da investigação do solo geram informação importante em cenário de mudanças climáticas

A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

Jacskon Brilhante / Divulgação
Equipamento vai ajudar a elaborar um diagnósticos geral dos solos em diferentes regiões gaúchas.

Um equipamento capaz aferir com precisão a capacidade dos terrenos de absorverem água vai dar um salto na pesquisa de solos no Rio Grande do Sul. Trata-se do infiltômetro, uma tecnologia que passa a ajudar na coleta de informações no Estado e que pode auxiliar em enchentes e estiagens.

Dez unidades foram adquiridas pela Agricultura, em investimento de cerca de R$ 600 mil. Outros cinco infiltômetros foram comprados pela Embrapa. A ideia é que os dados coletados contribuam para a realização de um diagnósticos geral do solo em diferentes regiões gaúchas.

Jackson Brilhante, pesquisador da Agricultura, destaca que a infiltração é um dado importante no contexto de mudanças climáticas:

— Se um solo tiver problema de infiltração, em períodos de excesso de chuva, a água pode não ser armazenada, resultando no escoamento superficial e chegando rapidamente aos rios, podendo ocasionar enchentes. Isso também tem relação direta com a seca, pois solos com baixa infiltração de água têm reduzido potencial de armazenamento, limitando a disponibilidade de água para as raízes das plantas.

Chefe geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski explica que o investimento se soma como fator de informação técnica para a tomada de decisões quanto ao manejo do solo e da irrigação, evitando desperdícios de água e erosão.

Na catástrofe climática do ano passado, a compactação do solo inviabilizou a produção agrícola em muitas regiões. Se "a água é o melhor adubo", saber como ela penetra é um ponto de partida nos eventos de crise.

— A geração de informação possibilita ampliar a interação de saberes para a formulação de políticas públicas e ações que contribuam para o enfrentamento das estiagens e das chuvas excessivas que têm gerado grandes perdas econômicas, sociais e ambientais — diz Lemainski.

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