
É antigo o desejo de dar vida útil durante o ano inteiro ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, onde é realizada a Expointer (a edição de 2018 será lançada nesta segunda-feira, dia 6). Em 2015, assinatura de contrato de parceria-público privada entre governo do Estado e Bolognesi criou expectativa de que seria possível transformar o sonho em realidade. Havia prazos para a execução das obras do projeto. Passados três anos, o acordo deverá ser rompido. É o que afirma o vice-governador José Paulo Cairoli.
– Estamos vendo o parque como um modelo novo de gestão. Nossa ideia é desfazer o contrato – disse, sem detalhar.
O que se comenta nos bastidores é que a proposta do Piratini seria de privatizar algumas áreas dentro do Assis Brasil.
No ano passado, no lançamento da Expointer e, posteriormente, em entrevista à coluna, o governador José Ivo Sartori afirmou que o rompimento era estudado. À época, liminar obtida pelo Ministério Público determinava a suspensão da implantação do condomínio Residencial Ecoville (ao lado do parque) e de qualquer obra na região, sob o argumento de que a área é sujeita a inundação.
Pela parceria firmada, a tarefa de erguer dique para conter a água do Arroio Esteio, no entorno do parque, ficaria com a empresa – com conclusão em até um ano após obter a licença ambiental.
A construtora teria ainda 10 anos para realizar empreendimentos que incluem área comercial, com direito a agroshopping e hotel, centro educacional e área de eventos, em espaço de 23,7 hectares, com investimento inicial de R$ 16,19 milhões.
– Trataremos desse assunto depois da Expointer. A prioridade agora é a feira – diz o secretário da Agricultura, Odacir Klein.
O certo é que, em confirmado o rompimento, o projeto volta à estaca zero. E o sonho de movimentar o parque 365 dias ao ano, fica mais distante.