Conhecida como a terra down under, pela posição geográfica que ocupa, a Austrália quer a contribuição de investidores brasileiros para desenvolver o agronegócio local. O governo australiano busca atrair investimentos para regiões pouco habitadas e com terras à disposição. É o caso de Queensland, Western Australia e Northern Territory, que representam quase 40% do território e têm 17 milhões de hectares agricultáveis. O movimento ganhou força nos últimos dois anos, explica o cônsul-geral da Austrália no Brasil, Greg Wallis:
– Percebemos a sinergia entre o agronegócio dos dois países. Pela extensão de terra, pelo clima, e pela capacidade que os brasileiros tiveram de desenvolver o Cerrado brasileiro.
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Argumentos a favor da Austrália não faltam. O primeiro são os US$ 3,7 bilhões aplicados pelo governo em infraestrutura. Outra vantagem é o acesso facilitado ao mercado asiático, que é geograficamente e comercialmente próximo.
A Millenium Bionergia é uma empresa brasileira que está desembarcando na Austrália. Depois de 16 meses de estudos, optou por Queensland e no dia 22 inaugura escritório. Levará projeto de usina de etanol full flex, com duas unidades industriais no mesmo local – utilizando cana de açúcar e milho. O aporte de US$ 150 milhões será por meio de fundos do governo, parcerias com terceiros e financiamentos. A ideia é operar já em 2018.
– Vamos gerar 600 empregos diretos e 1,2 mil indiretos – afirma Eduardo Lima, presidente da Millenium Bioenergia.