A volta das aulas presenciais e a chegada do frio tiveram um "baita" impacto positivo nas vendas da rede de lojas Ishtar. O sócio Carlos Klein relatou à coluna ter vendido, nos últimos 45 dias, mais do que nos últimos 13 meses nas suas principais linhas de produtos, que incluem roupa social, para trabalho, padronização de equipes e eventos.
- Do início da pandemia até o final de abril de 2021, a comercialização desses itens caiu praticamente a zero. Em 45 dias, já vendemos mais do que nos 13 meses imediatamente anteriores. A maior procura agora é por terninho, camisetes, malha tricô gola V e sobretudo - conta ele, que também é diretor do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA).
Klein lembra que ainda não atingiu a média histórica de vendas, mas vê como uma retomada e está com boas expectativas de recuperação das perdas. O empresário procurou a coluna após ler ontem aqui que, pelo balanço do Sindicato das Indústrias do Vestuário do Rio Grande do Sul (Sivergs), a venda da cadeia têxtil subiu 4,9% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, países com a vacinação acelerada também já trazem indicadores de alta na procura por roupas para eventos e mercado de trabalho.
Lembrando que a Ishtar segurou o negócio começando a produzir máscaras de tecido logo no início da pandemia. O item chegou a responder por um terço do faturamento e garantiu o emprego de costureiras que prestam serviço à rede de lojas.
- A venda de máscaras segue fundamental para preencher o espaço na produção, enquanto vamos comercializando o estoque.
E, claro, Klein não passou ileso da falta de matéria-prima que atinge diversos setores da economia:
- Já estamos com dificuldade de reposição por falta de matéria-prima. Artigos com algodão estão com a previsão de 60 dias para entrega. E com preços subindo a cada compra.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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