O colorado Wesley entrou na briga acirrada pela artilharia. O gol na derrota do Inter para o Flamengo foi o seu 11º, dois a menos do que Estevão e Alerrandro, do surpreendente Vitória. Por R$ 10,7 milhões, o Inter acertou com o Cruzeiro, em fevereiro, o repasse de 50% de seus direitos.
Chegou sem grife, para ser reserva de Wanderson, mas atropelou geral. Termina o ano como o grande reforço da temporada, à frente de Borré na relação custo-benefício
Aos 25 anos, valorizado, tem mais dois anos de vínculo no Beira-Rio. Os turcos do Besiktas ofereceram R$ 44 milhões. O Inter recusou. Embolsaria R$ 22 milhões, lucro considerado baixo.
Será fundamental o Inter não vender na janela de transferências alguns jogadores chave. Wesley é um deles. A ginástica que teria de fazer no mercado para repor uma perda assim é arriscada. Vale o mesmo para o zagueiro Vitão. Não é fácil, eu sei. A dívida bate à porta. A enchente agravou o quadro.
O Inter é um clube associativo. Não é SAF, com dinheiro de fora injetado a todo ano. Quando faz bons movimentos de garimpagem e observação e traz nomes (como os próprios Wesley e Vitão, inclusive), é claro que visa lucro alto lá na frente. Só que não é nada fácil acertar sempre esses movimentos.