Exibida originalmente em 1989 e reexibida em 1994, Tieta está de volta ao Vale a Pena Ver de Novo a partir de 2 de dezembro, substituindo o sucesso Alma Gêmea (2005). Inspirada no romance Tieta do Agreste, do baiano Jorge Amado (1912 — 2001), o retorno da novela de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares à telinha é um abraço nos noveleiros.
A trama é recheada de humor, mistério, personagens marcantes, elenco com nomes icônicos da teledramaturgia e bordões que, até hoje, fazem parte do imaginário popular. Quem não lembra de "Nos trinques", usado por Timóteo d’Alembert (Paulo Betti), de “Mistééério”, um clássico de Dona Milu (Miriam Pires, 1927 — 2004), e do “Eta lelê”, da Tieta (Betty Faria)?
E não podemos deixar de lado que a novela ajudou a perpetuar a expressão "teúda e manteúda", como Carol (Luiza Tomé) era chamada por ser amante de Modesto Pires (Armando Bógus, 1930 — 1993).
Minhas favoritas
Apesar de ser a vilã da trama, admito que Perpétua, vivida pela genial Joana Fomm, é uma das minhas personagens favoritas de Tieta. A interpretação formidável de Joana trouxe para a viúva, irmã que atazanava a vida da protagonista, tons de cinismo e hipocrisia que flertavam com o humor de forma única. Além disso, foi a responsável por um dos maiores segredos da novela: o que guardava em uma caixa branca dentro do guarda-roupa. No fim da história, ficou subentendido que Perpétua mantinha o pênis embalsamado do marido morto.
E ainda somos brindados pela presença misteriosa da Mulher de Branco, que parecia ser uma alma penada, mas, na verdade, era Laura (Claudia Alencar), esposa do Comandante Dário (Flávio Galvão), que extravasava seus desejos sexuais com outros homens nas noites de lua cheia.