Um grupo de pesquisadores de nove países encontrou uma sucuri-verde gigante nas águas da Amazônia. A cobra media cerca de oito metros de comprimento e pesava mais de 200 quilos, como descrito na revista científica MDPI Diversity. Segundo o Estadão, o estudo sugere que esse seja um exemplar de uma nova espécie de anaconda, registrada como Eunectes akayima.
Ao contrário do que a comunidade científica acreditava, a espécie Eunectes murinus, nome das sucuris até então, seria dividida em dois com o surgimento da akayima. A semelhança física entre as duas nativas da América do Sul dificulta a observação, por isso os pesquisadores precisaram do apoio de coletas de sangue e tecidos.
Os répteis teriam cerca de 5,5% de diferença no código genético, mais do que suficiente para caracterizar uma espécie à parte. Para fins de comparação, a diferença entre o DNA dos seres humanos e o dos chimpanzés é de aproximadamente 2%, conforme explicado por Bryan Fry, um dos autores do estudo, nas redes sociais.
A divisão entre os dois grupos se dá de forma geográfica. Foi descoberto que as novas cobras gigantes ocupam territórios da Venezuela, do Suriname e da Guiana Francesa, enquanto as anacondas já conhecidas ficam ao sul da Amazônia e no Pantanal.
Apesar do tamanho, a sucuri não é venenosa. A espécie utiliza o método de constrição, movimento em que a cobra se enrola ao redor do corpo da sua presa, apertando-a até a morte. Não há registros que comprovem risco aos seres humanos.