Os hospitais São Francisco, em Concórdia, e o Regional São Paulo, em Xanxerê, restringiram os atendimentos na tarde desta quarta-feira alegando problemas ocasionados pela mobilização dos caminhoneiros no Oeste de Santa Catarina. Foram suspensos os atendimentos eletivos, incluindo os no Pronto-Socorro, mas procedimentos e cirurgias de emergência estão mantidos.
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Por meio de nota oficial, o Hospital São Francisco afirma que há "desabastecimento de medicamentos e insumos provocado pelo bloqueio das rodovias". Em texto semelhante, o Hospital Regional São Paulo cita que, diante da situação, "os estoques de medicamentos, materiais e alimentos não poderão ser reabastecidos de forma adequada".
Caminhoneiros à frente do movimento na região, porém, contestam as justificativas dos hospitais. Eles afirmam que todas as cargas com medicamentos e outros itens relacionados à saúde estão sendo liberadas.
Combustível e alimentos
Na tarde desta quarta, Concórdia já registrava falta de gasolina em toda a cidade. Alguns postos ainda contam com álcool e diesel, mas em pequenas quantidades. Também há falta de frutas e legumes. O comércio local se reuniu durante a tarde para decidir se fecharia as portas em adesão ao protesto, mas até 18h desta terça não houve acordo pela paralisação.
Cerca de 1,5 mil caminhões continuam parados no trevo de Concórdia, na BR-153. A expectativa é de que moradores e empresários vestindo roupas brancas se unam à mobilização dos motoristas no início da noite. A tropa de choque da Polícia Militar já foi acionada e se desloca para o trecho.
Confira mapa atualizado pela PRF dos pontos interrompidos:
Protesto dos caminhoneiros
Hospitais restringem atendimentos em Xanxerê e Concórdia alegando falta de remédios com bloqueio de rodovias
Alegação é que protestos dificultam abastecimento de medicamentos e outros insumos, mas caminhoneiros afirmam que todas as cargas ligadas à saúde são liberadas
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