Os restos fossilizados de um pinguim do tamanho de um humano adulto foram encontrados na Ilha do Sul da Nova Zelândia, anunciaram os cientistas na última quarta-feira (14).
Esta ave marinha gigante, batizada de Crossvallia waiparensis, media 1,6 metro e pesava 80 quilos, ou seja, 40 centímetros mais e quatro vezes o peso do atual pinguim imperador. Ela viveu no período Paleoceno, entre 66 e 56 milhões de anos atrás.
Um caçador de fósseis amador descobriu, no ano passado, os ossos de uma pata deste pinguim gigante. A revista especializada Alcheringa: An Australasian Journal of Palaeontology confirmou em um artigo publicado nesta semana a existência de uma nova espécie.
Este é o segundo fóssil do pinguim gigante do Paleoceno encontrado na mesma área, disse Vanesa de Pietri, pesquisadora do Museu de Canterbury.
— Isso reforça nossa teoria de que os pinguins eram grandes no começo de sua evolução — explicou.
O Museu de Canterbury anunciou, na semana passada, a descoberta na Nova Zelândia dos restos de um papagaio gigante que tinha quase um metro de altura, pesava até 7 quilos e viveu há 19 milhões de anos.
O porquê do tamanho
De acordo com o curador do Museu Canterbury, Paul Scofield, eles alcançaram esse tamanho porque répteis marinhos gigantes – potenciais predadores – desapareceram dos oceanos na mesma época em que os dinossauros desapareceram, permitindo que os pinguins evoluíssem e ficassem maiores.
O motivo para o desaparecimento da espécie ainda não está totalmente claro, mas acredita-se que tenha desaparecido por conta da competição com outros animais marinhos que surgiram depois.