Presos de 101 estabelecimentos penais do Estado terão serviços restringidos a partir desta terça-feira, devido à greve dos servidores da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), decretada no final da tarde desta segunda. A Susepe garante que serviços essenciais serão mantidos.
A greve foi decidida em assembleia realizada na Praça da Matriz, em Porto Alegre, onde os servidores participavam de manifestações contra o pacote de medidas do governador José Ivo Sartori, que está sendo votado na Assembleia. A reação da Brigada Militar aos protestos foi motivo de críticas.
– Já que a Brigada Militar está usando bombas e fumaça para reprimir os trabalhadores, uma das nossas alternativas pode ser a entrega das chaves de 101 estabelecimentos penais à ela (BM) – ameaçou o vice-presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Rio Grande do Sul (Amapergs), Cláudio Fernandes.
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De acordo com o sindicalista, na assembleia já foi decidido que serão suspensos serviços como atendimento jurídico e escoltas para audiência nas prisões controladas por servidores da Susepe.
– Manteremos apenas os essenciais, como acesso à saúde e alimentação – adiantou.
Outra medida anunciada, que pode provocar tensões no sistema, é a adoção de maior rigor em relação às visitas.
– No período da greve, só poderá entrar um visitante por preso, crianças não entrarão, não poderão ser levadas sacolas (com alimentos e itens de higiene), e os horários serão reduzidos.
A Susepe, por meio de sua assessoria de comunicação, informou que como a greve foi decretada às 18h de segunda, e que “ainda é cedo para avaliar em quantos e quais estabelecimentos penais vão ocorrer adesões”. A Superintendência garante, contudo, a manutenção dos serviços essenciais aos presos.