Estava vendo uma reportagem essa semana sobre a chacina ocorrida no litoral gaúcho. Às tristes imagens de mães sofrendo pela desordem natural das coisas somaram-se inúmeras outras cenas em minha cabeça. Cenas de famílias preocupadas com o desaparecimento dos filhos, pais levando suas não mais crianças a clínicas de reabilitação, mães desesperadas fazendo reconhecimento de corpos por causa de trágicos acidentes após fenomenais bebedeiras... Nem há necessidade de citar catástrofes. Posso lembrar, também, de mães que se mostram perdidas em reuniões de escola, verbalizando o pavor de não terem controle sobre crianças de não mais do que 13 anos, ou pais preocupados com o rumo que a educação (ou a falta dela) está acarretando na postura dos filhos. São crianças imediatistas, egocêntricas, ansiosas, desatentas, imaturas (ou excessivamente "maduras", parecendo mais com adolescentes), que não sabem se colocar no lugar do outro, que enfrentam, que não respeitam, que não aceitam limites.