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As autoridades sanitárias de Nova York, nos Estados Unidos, confirmaram neste domingo (26) um aumento exponencial nas hospitalizações de crianças infectadas pelo coronavírus. Entre os dias 5 e 19 de dezembro, as internações desse público quadruplicaram. Segundo o governo local, metade dos casos hospitalares corresponde a crianças menores de cinco anos, que ainda não podem ser vacinadas contra a covid-19.
O número de casos de covid-19 continua a aumentar dramaticamente nos Estados Unidos devido à disseminação da variante Ômicron. A média de novas infecções foi de mais de 175 mil, por dia, na última semana, de acordo com dados do Controle e Prevenção de Doenças (CDC), principal agência federal de saúde pública.
Os Estados Unidos também enfrentam escassez de testes de detecção de covid-19, o que coincide com uma procura especialmente elevada destes testes, em particular de kits caseiros, por ocasião das férias de final de ano.
— Um dos problemas agora é que (os testes) não estarão totalmente disponíveis para todos até janeiro — informou o Dr. Anthony Fauci, assessor da Casa Branca na luta contra a pandemia. — Estamos abordando o problema dos testes e, em breve, isso será resolvido — completou o epidemiologista à ABC, também reconhecendo sua frustração com a escassez.
O presidente Joe Biden anunciou na semana passada que o governo federal comprou cerca de 500 milhões de kits que serão distribuídos gratuitamente a quem precisar.
A escassez de testes tem gerado fortes críticas à Casa Branca, cuja estratégia de combate à covid-19 tem se concentrado principalmente na vacinação.
Referindo-se às características da Ômicron, Fauci indicou neste domingo que trata-se de uma variante "extraordinariamente contagiosa", mas citou estudos realizados na África do Sul e no Reino Unido que parecem indicar que os casos são menos perigosos.