Depois que a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reprovou, por unanimidade, na noite da última segunda-feira (26), a importação da vacina contra a covid-19 Sputnik V, o Consórcio Nordeste voltou a defender o uso emergencial do imunizante no Brasil.
Em nota, o grupo — que tem contrato para a compra de 37 milhões da Sputnik V — afirmou que "diante desta pandemia, não podemos deixar que entraves burocráticos prejudiquem o acesso da população a uma vacina que comprovou sua eficácia, segurança e com real garantia de disponibilidade, como a Sputnik V".
A diretoria e equipe técnica da Anvisa citaram falhas em diferentes níveis, da condução dos estudos clínicos à inspeção e fiscalização nas fábricas que produzem a vacina, passando, inclusive, pela qualidade do produto. Também foi mencionada a falta de clareza do Instituto Gamaleya, produtor da vacina na Rússia, ao divulgar os dados do imunizante.
Segundo o consórcio, a eficácia da vacina, de 91,6% está comprovada. O grupo ainda ressalta que o imunizante está em uso em diversos países. "A Argentina e a Hungria já anunciaram resultados iniciais de efetividade com esta vacina e foram bastante promissores. Na Hungria, onde foram administradas mais de 200 mil doses, a resposta desta vacina foi superior a de outras plataformas".
O consórcio também afirmou que "aguarda a aprovação da Anvisa para que possamos contar com mais uma opção de vacina".