Chegaram ao Rio de Janeiro na noite desta sexta-feira (22) as 2 milhões de doses da vacina de Oxford, produzida pelo laboratório Serum, na Índia, com tecnologia da farmacêutica Astrazeneca. Elas foram compradas pelo Ministério da Saúde na semana passada e deveriam chegar no dia 13, mas um impasse com a Índia atrasou o envio em uma semana.
No Rio de Janeiro fica a sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que é a instituição pública brasileira responsável por fazer as análises de segurança e a etiquetação das doses. A Fiocruz também produzirá a vacina de Oxford, mas essas 2 milhões de doses compradas já chegaram prontas ao Brasil. O trabalho da Fiocruz deverá acontecer durante toda a madrugada e a manhã de sábado (23). A previsão é que as porções da imunização estejam liberadas para o Ministério da Saúde distribuí=las na tarde de sábado.
A expectativa do governo brasileiro era ter recebido as doses no último sábado (16). De acordo com a agência de notícias Reuters, contudo, o Ministério das Relações Exteriores da Índia informou que o atraso ocorreu porque o país só passou a liberar as doses depois de abrir a própria campanha de imunização.
No início da semana, o governo indiano priorizou o envio de doses doadas para os países vizinhos. A partir desta sexta-feira, começa a distribuição das vacinas que foram comercializadas para outros países — Brasil e Marrocos são os primeiros.
Quem pode se vacinar até agora
Com o número bastante reduzido de doses disponíveis no Brasil neste primeiro momento da fase 1 do Plano Nacional de Imunização (6 milhões em todo o país, 340 mil no RS), a prioridade para receber as doses é dos profissionais da saúde que atuam no atendimento de pacientes com coronavírus, idosos que vivem em lares de longa permanência e indígenas. Ainda não há vacinação aberta em postos de saúde para demais pessoas previstas nos grupos prioritários.