Em meio à pandemia de coronavírus e aos desafios impostos diariamente à área da saúde, a construção de um novo hospital segue a todo vapor na capital gaúcha. O Hospital Nora Teixeira será o oitavo do complexo da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. O coração da unidade será uma nova emergência para atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), com 2.325 metros quadrados, quase quatro vezes a área atual do serviço, que funciona no Hospital Santa Clara e mudará para o futuro edifício.
A Santa Casa de Porto Alegre se organizou para ampliar o atendimento a pacientes com coronavírus, criando 100 leitos de UTI exclusivos para isso – incluindo a matriz, na Capital, e o Hospital Dom João Becker, em Gravataí –, e vem mantendo também a execução de projetos que já constavam em seu cronograma antes da pandemia.
A obra do Hospital Nora Teixeira, já com quatro lajes edificadas, conta com aproximadamente 30 mil metros quadrados distribuídos em 15 pavimentos. O prazo de entrega do novo hospital é para março de 2022 e estima-se o valor total de obra em R$ 202 milhões. O prédio será levantado em uma das poucas áreas ociosas do complexo. Ficará em um trecho inclinado de terreno, que vai da Osvaldo Aranha (entre a Praça Argentina e o estacionamento da instituição) à Rua Annes Dias, na região central. Por causa do desnível, quando chegar à altura da Annes Dias, onde ficará a entrada principal, o prédio já terá cinco andares (classificados como subsolos).
Outro projeto em andamento – este, ainda no início – são as novas passarelas, que irão interligar os agora sete hospitais do complexo: um impacto importante em acessibilidade na Santa Casa. A obra das passarelas tem valor total de R$ 28,7 milhões e prazo de execução de 18 meses. Esse projeto eliminará o cruzamento de fluxos entre os hospitais, garantirá acessibilidade, conforto e segurança aos pacientes e familiares, qualificando o sistema de abastecimento e circulação de profissionais, entre outros aspectos.
Tanto o novo hospital quanto as novas passarelas estão sendo desenvolvidos a partir de verbas extraordinárias, ou seja, não são financiados por recursos próprios da Santa Casa. O projeto da emergência foi viabilizado por doações do casal Nora Teixeira e Alexandre Grendene, totalizando R$ 60 milhões, e também com o apoio de empresários e doações da comunidade. Já as passarelas serão construídas com verba federal, recebida por intermédio da bancada gaúcha do Congresso Nacional em convênio de repasse para reformas de unidade de atenção especializada em saúde.