O Pronto Atendimento 24h de Caxias do Sul não se enquadra na regra prevista em nova resolução do Conselho Federal de Medicina que prevê espera máxima de duas horas em emergências. O entendimento é do diretor da instituição, Ronaldo Mattia, e da secretária municipal de Saúde, Dilma Tessari.
Segundo eles, a resolução prevê a espera máxima em pronto-socorros hospitalares e não em ambulatórios, como é considerado o Pronto-Atendimento. Ainda assim, o diretor garante que a espera média é de duas a duas horas e meia.
Na avaliação de Mattia, a nova resolução unifica normas anteriores e não traz novidades. Ele argumenta que os serviços de saúde do município atendem às regras previstas, principalmente na triagem imediata prevista na resolução.
"Temos os atendentes que fazem a classificação imediata. Passada a classificação eles são atendidos. Urgência (casos mais graves) não espera duas horas. Ficha amarela, que urgente mas não é emergência, de 30 minutos a uma hora. As demais classificações podem aguardar até mais de duas horas", avalia.
O texto acrescenta a regra da Vaga Zero, na qual um paciente com risco de vida deve ser transferido para um hospital imediatamente. Segundo o diretor, a regra já é aplicada na cidade, mas também depende vagas nas outras instituições. A dependência de leitos também se aplica à regra que prevê tempo máximo de 24h dentro da instituição.
As outras instituições da Serra também afirmam já cumprir as determinações. As direções dos hospitais Pompeia e Geral, em Caxias, São Carlos, em Farroupilha, e Tacchini, em Bento Gonçalves, garantem que já cumprem o tempo máximo de espera de duas horas no pronto-socorro. As quatro instituições utilizam o protocolo de Manchester, que define a prioridade de atendimento conforme a gravidade dos casos.
Os tempos no Pompeia variam de 10 minutos para casos graves a 2 horas. No São Carlos, a triagem é imediata e os tempos chegam a duas horas no máximo. No Tachini, o protocolo prevê tempo de até quatro horas, mas, conforme o superintendente geral, Armando Piletti, a espera máxima gira em torno de duas horas.
No Hospital Geral, o tempo pode levar até quatro horas apenas para atendimentos ambulatoriais, que não são considerados nem urgência nem emergência.
Gaúcha
Espera de até duas horas não se aplica ao Postão 24h de Caxias, diz diretor
Segundo Ronaldo Mattia, instituição é classificada como ambulatório
Juliana Bevilaqua
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