A discussão sobre o reajuste no preço da passagem de ônibus de Porto Alegre, parada há mais de um mês, não tem data para voltar à pauta. O avanço do coronavírus e a edição de decretos que restringiram a circulação de linhas na cidade invadiram a pauta de todos os setores da prefeitura, deixando o tema em espera.
O debate sobre a tarifa parou há mais de um mês, no dia 13 de março, quando o Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) questionou o cálculo feito pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). O estudo sugere aumento dos atuais R$ 4,70 para R$ 5,05.
Na ocasião, uma série de perguntas foram encaminhadas ao órgão, mas, logo em seguida, a pauta geral foi invadida pela pandemia e o processo não avançou.
Há questionamentos das empresas de ônibus, que pedem um valor maior, de R$ 5,20. Entre os pontos abordados, estão os valores considerados para o litro do diesel e de especificações para a compra de ônibus.
Ainda não há data para que o assunto seja retomado, apenas que não será em abril, já que o Conselho suspendeu reuniões até o final do mês, em uma ação contra a covid-19.
Dificuldades
Enquanto os debates sobre o valor das tarifas seguem suspensos, medidas emergenciais foram tomadas para reduzir o impacto da queda de passageiros. Diversas linhas foram suspensas, em especial, as de menor fluxo de pessoas. Segundo a EPTC, não estão descartadas novas mudanças.
As empresas pressionam a prefeitura, relatando o prejuízo na operação. Há o temor de que o sistema entre em colapso nas próximas semanas.
O governo federal vem sendo procurado por prefeitos de capitais, que pedem que a União crie um subsídio para evitar o aumento da passagem, o que a tornaria menos competitiva com os aplicativos de transporte, por exemplo. Até o momento, nenhum auxílio foi definido.