Caue Fonseca
Seja para qual for o lado que o porto-alegrense se desloque, é grande a chance de ele deparar com edificações cujo estado de precariedade varia do abandono ao estágio final, de ruínas. Partindo do Centro Histórico, a poucos metros uma da outra, duas delas entopem a Rua Riachuelo, uma das principais artérias do bairro: a Confeitaria Rocco — que chega aos 105 anos somando mais de 20 de abandono — e a antiga Casa Azul, cujo risco de desabamento fez com que a calçada em frente fosse interditada há três semanas. Subindo pela Avenida Independência, casarões que abrigavam casas noturnas se tornaram portas cerradas, e pichações se espalham como uma infecção em curso. Já em direção ao sul da cidade, o Estádio Olímpico se tornou um enorme hematoma, com cada vez menos vida no seu entorno. Até dentro dos parques, há surpresas desagradáveis como os restos mortais do Café do Lago, na Redenção, hoje resumido a um deque pouco confiável e a um buraco escuro.
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