Sentimentos como o medo e a esperança devem ser levados mais em conta quando analisamos interações sociais e políticas, defende Vladimir Safatle, filósofo, professor livre-docente da USP e colunista do jornal Folha de S. Paulo.
Partindo do princípio de que sociedades são, em seu nível mais fundamental, circuito de afetos, Safatle analisa em seu livro mais recente como o medo, por exemplo, é produzido e mobilizado para garantir adesão às normas sociais. E defende que a compreensão de como o indivíduo é afetado pelos outros e pelos acontecimentos pode contribuir para o esclarecimento da natureza dos impasses dos vínculos sociopolíticos.
Nesta semana, Safatle virá a Porto Alegre para participar de um debate sobre a obra O Circuito dos Afetos (Cosac Naify, R$ 59,90) com os professores Norman Madarasz e Nythamar de Oliveira. O evento, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCRS, será realizado na quarta-feira, dia 18, às 19h30min, no auditório da FFCH (prédio 5).
Na entrevista a seguir, concedida por telefone, o filósofo comenta alguns pontos do livro.
Entrevista
Vladimir Safatle: "O medo se transformou em elemento da gestão social"
Em seu livro mais recente, professor do departamento de filosofia da USP analisa como o medo é produzido e mobilizado para garantir adesão às normas sociais
Fernanda Grabauska
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