Criado há cerca de um mês, o Polo Gastronômico, Cultural e de Entretenimento da Cidade Baixa, que busca propor e executar melhorias no tradicional reduto boêmio de Porto Alegre, está na mira da Associação Comunitária de Moradores da Cidade Baixa.
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Na página da associação no Facebook, o presidente Zilton Tadeu Figueiredo criticou a iniciativa, que, segundo ele, careceu de "discussão e deliberação coletiva". Na opinião do aposentado, o polo, que tem como objetivo integrar empresários, poder público e moradores para incentivar o uso dos espaços públicos e movimentar a economia, acarretará "prejuízo" aos moradores:
- O objetivo real do polo é aumentar o fluxo de pessoas que frequentam os bares e restaurantes do bairro. E os moradores já estão sendo torturados com o barulho frequente que temos hoje. Com mais gente circulando à noite, isso irá piorar ainda mais.
Conforme o projeto, o polo que abrange a área delimitada pelas avenidas João Pessoa, Loureiro da Silva, Praia de Belas, Getúlio Vargas, Venâncio Aires e Rua Barão do Gravataí não irá mexer na legislação atual de funcionamento dos bares e estabelecimentos comerciais. Na prática, a medida deve facilitar que entidades representativas de grupos empresariais possam propor e custear com recursos privados obras ou ações de melhoria para o bairro.
Para tal, um Comitê Gestor, formado por representantes dos moradores, funcionários da prefeitura e comerciantes, foi criado e deverá aprovar as sugestões para o Polo Gastronômico antes de elas serem executadas.
Moacir Biasibetti, presidente da Associação dos Comerciantes da Cidade Baixa, defende a criação do polo e acredita que ela vem ao encontro de diversas iniciativas já realizadas na região ao longo dos últimos anos por diferentes associações:
- O polo facilita a busca de recursos privados e a integração entre moradores, sindicatos e comerciantes, facilitando as discussões de projetos que procurem tornar a região mais atrativa.
Entre as mudanças a curto prazo, Biasibetti acredita que, dentro de um ano, já será possível ver melhoras no paisagismo, na sinalização e na restauração de fachadas de prédios históricos do bairro. A longo prazo, a intenção é colocar em prática projetos que envolvem a iluminação e a melhoria das calçadas da Cidade Baixa.
Bairro boêmio
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Conforme o presidente da entidade, a iniciativa acarretará prejuízos aos moradores
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