Enquanto o Mercado Público de Porto Alegre continua em obras para se recuperar dos estragos causados pelo incêndio ocorrido em julho de 2013, com previsão de entrega até o final deste ano, um grupo de especialistas analisará os pontos fracos da estrutura para protegê-la do fogo e de outros riscos. No entanto, o coordenador do estudo, o químico José Luiz Pedersoli Jr., é taxativo:
- Incêndio nunca é risco zero.
A avaliação deverá durar até o final do ano e apontará, em relatório, outros riscos que o Mercado corre, como enchentes e deterioração de sua estrutura. Pedersoli garante que, com as medidas já tomadas e as que o estudo apontará como necessárias, uma nova ocorrência não teria a mesma proporção daquela de dois anos atrás.
- No segundo andar (onde o fogo foi mais destrutivo), só usaram materiais incombustíveis na reconstrução (como concreto, lajes e chapas metálicas). Isso já diminui a velocidade e a extensão da propagação das chamas - afirma.
Pedersoli foi contratado pela Coordenação da Memória da Secretaria Municipal da Cultura para desenvolver o projeto de gerenciamento de riscos do Mercado Público. Segundo o consultor, um dos focos do seu trabalho será a conscientização dos próprios funcionários que atuam no local. Em 2013, a causa das chamas foi um curto-circuito em um dos restaurantes do estabelecimento. Foi o quarto grande incêndio sofrido pelo Mercado, inaugurado em 1869 - os casos anteriores ocorreram em 1912, 1976 e 1979.