Poucos juristas esquadrinham de forma tão contundente o Supremo Tribunal Federal (STF) como o carioca Joaquim Falcão. Formado em Direito pela PUC-RJ, com mestrado em Harvard e doutorado na Universidade de Genebra, o professor, advogado, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) exalta a importância fundamental da Corte à democracia brasileira, sem escamotear o que chama de suas patologias. Aos 80 anos, Falcão é categórico ao defender uma reforma do regimento interno do STF. Para ele, é preciso reduzir ao máximo as decisões individuais, ampliar a transparência e coibir a verborragia dos ministros. À frente do projeto Supremo em Números, da Fundação Getulio Vargas, compila estatísticas que comprovam a carga excessiva de processos, a lentidão dos julgamentos e a insegurança jurídica gerada pelas diversas instâncias decisórias dentro de um único tribunal. O jurista entende que só haverá maior eficácia interna a partir uma mudança de postura dentro da Corte:
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Joaquim Falcão: "O STF está viciado no monocratismo, o que aumenta a possibilidade de errar"
Advogado e professor, autor, entre outros livros, de “O Supremo” (FGV, 2015), o jurista é uma das principais vozes em defesa de uma reforma no regimento interno da Corte