
Perto de terminar, o processo de impeachment deve ter seu ato derradeiro nesta quarta-feira, quando os 81 senadores devem começar a votação que decide o futuro da presidente afastada Dilma Rousseff. O número sobre o qual todo o julgamento se desenvolve é 54. Se 54 ou mais senadores votarem a favor do impeachment, está decretada a derrota de Dilma e seu afastamento definitivo. Se 53 ou menos membros do Senado escolherem pelo "sim", Dilma sai vitoriosa e retorna ao Planalto.
Ainda que a votação não tenha começado, sinais menos ou mais explícitos dos senadores já estimulam placares informais. De acordo com os cálculos do jornal O Estado de S. Paulo, pelo menos 55 senadores devem votar pelo impeachment, o que confirmaria o afastamento definitivo de Dilma – entre os 81 senadores, haveria ainda 20 favoráveis à presidente afastada e 6 políticos que não deixaram clara sua posição (entre eles, Renan Calheiros, Fernando Collor e Jader Barbalho).
De acordo com a Folha de S.Paulo, a contagem chegou aos 54 senadores necessários para confirmar o impeachment após o discurso de Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), que afirmou ter havido crime de responsabilidade e praticamente adiantou seu voto pelo "sim". Ainda segundo o jornal paulista, a bancada pró-impeachment calcula pelo menos 58 votos garantidos.
Já o jornal carioca O Globo estima em 53 o número de votos favoráveis ao impedimento de Dilma, com oito senadores ainda indecisos – ou guardando segredo.
Em relação à contagem do Estadão, as diferenças se dão nos votos de três senadores maranhenses: Edison Lobão, do PMDB (não opinou na contagem de O Globo, mas é dado como voto favorável pelo Estadão), João Alberto Souza, também do PMDB (não opinou para O Globo e é dado como "sim" pelo Estadão), e Roberto Rocha, do PSB (não opinou para O Globo e deve votar a favor, de acordo com O Estado de S. Paulo).